Prosseguindo com nosso tour, seguimos em direção a Toulon onde seria a cidade de base para fazer nossa viagem pela Provence!
Saímos de Nice pela manhã cedo, o dia como sempre estava lindo, então decidimos fazer o
percurso da costa, e isso iria prolongar muito a viagem. Passamos por Cagnes-Sur-Mer (pertissimo de Nice), Antibes e Cannes. Depois de Cannes, resolvemos curtir um pouco o panorama das colinas e montanhas pegando a estrada para o Val Esterel (vale com montanhas, colinas e estradas cheias de curvas, lindo visual).
Após 45 minutos de muita montanha e verde, resolvemos descer, voltando para a estrada costeira. Chegamos na cidade de Frejus, demos um super mergulho numa praia bem legal com palmeiras e areia.
Prosseguimos a viagem pela provence passando por mais cidades até Toulon: St. Aygulf, Ste. Maxime, St. Tropez, Port Grimaud (um lugar muito diferente, é a Veneza da região, mas só que moderna. A pequena cidade é sempre invadida por turistas, tanto é que alguns moradores ja fecharam até as próprias ruas pra ter um pouco de privacidade, é uma gracinha, vale a pena dar uma parada),
Cavalaire-sur-mer, Royal Canadel-sur-mer e, Le Londe-les-Maures.
O visual desse percurso foi fascinante, cidades graciosas, praias bonitas, mar azul, rochas vermelhas, colinas, montanhas e muito verde. A viagem durou 9 horas, se tivessemos viajado pela auto-estrada direto pra Toulon, duraria só uma hora e meia. Chegamos em Toulon as 19h30, o hotel era bonitinho ( Hotel Celenya), era 2 estrelas, mas a relação de qualidade e preço era perfeita, só tinha um problema, o elevador estava quebrado, por sorte estávamos no segundo andar, mas os hóspedes no quinto, com certeza não estavam muito felizes não. Os funcionários do hotel eram muito simpáticos e disponíveis. Eu escolhi o hotel pela posição e preço (eu que organizo sempre nossas viagens). Estava bem central, ao lado da Place du Liberté e a 15 minutos a pé do porto.
Toulon se encontra ainda na Costa Azul, e é ao mesmo tempo a porta de entrada para a Provence. Está situada na região do Var, da qual é a capital, entre Saint Troupez e Marseille. Seu centro histórico é rico de vielas tortuosas, os momumentos mais importantes da cidade, são a igreja românica de Sainte Marie Majeure, a igreja de Saint Louis e o grande hospital militar. É uma cidade de tamanho medio, com avenidas largas e grandes praças. Para quem deseja fazer um roteiro de viagem pela Provence, esta cidade é ideal para se hospedar.
O mercado (feira) aqui também era um espetáculo, o cheiro das azeitonas invadiam as ruas, o perfume dos sabonetes e das flores secas de alfazema, se misturavam no ar. Estávamos na região das plantações de vinhedos e dos campos de alfazema. Existem mais de 90.000 hectares de cultivação de videiras na região do Var, vinhos de prestigio como Côtes de Provence, Bandol e Côtes Varois. O vinho mais típico da região, é o rosé, mas não tem nada aver com aqueles tradicionais não, é totalmente diferente. O sabor é quase como o da champagne, e é servido bem gelado. Adoramos esse vinho, foi nossa bebida durante nossos 7 dias de viagem pela Provence.
No dia que chegamos, estávamos tão cansados, que jantamos perto do hotel, na Place de la Liberté, e fomos dormir. Na manhã seguinte levantamos cedo e nos dirigimos para o centro histórico, que estava a poucos passos do hotel. A tarde fomos para La Londe encontrar uma amiga de minha filha, que estava também de férias na França, ficava só a uns 25 minutos de Toulon, e na ida aproveitamos pra dar uma parada na cidade de Hyères, pois se encontrava no caminho.
Hyères é bonitinha, com o centro histórico na parte alta da cidade, oferece uma ótima vista. A cidade é bem turística, ficamos por lá apenas uma horinha, mas podemos perceber que era um lugar muito caro.
Chegando em La Londe, ficamos encantados, que região linda! Plantações de vinhedos pra tudo quanto era canto ao lado do mar. Ja tínhamos pego alguns depliants no centro de informação turística de Toulon, então já sabíamos que La Londe-les-Maures seria o lugar onde compraríamos nossos vinhos no final da viagem, precisavamos só decidir onde. O pequeno problema é que no depliant, tinham tantos lugares de produção com degustação, que se fôssemos experimentar a metade, iríamos entrar em coma alcoólico. Deixamos pra decidir no dia da compra, e resolvemos curtir a praia, enquanto nossa filha se divertia com a amiga dentro da água o tempo todo, pareciam 2 peixinhos.
As águas das praias da Costa Azul, são quase sempre tranquilas, isso porque se encontram dentro de golfos e baías. O mar tem cor azul, de onde deriva seu nome, Costa Azul. A costa tem 289km, apresenta uma morfologia muito variada, que se alternam entre rochas, colinas e praias límpidas, tudo isso com mais de 300 dias de sol durante o ano.
A noite jantamos no porto, tinham muitos restaurantes e não sabíamos qual escolher, decidimos por aquele que estava mais cheio (restaurante Colibri), geralmente funciona, e a comida estava boa mesmo, o preço era bem razoável. Experimentei um dos pratos típicos, mechilhão servido com batatas fritas “Moules avec frites”. Para o meu gosto, eles colocam muitas especiarias, o sabor do mechilão se mistura muito, é diferente, mas não é maus.
No terceiro dia, nada de praia, decidimos ir para Aix-en-Provence, após ter visto o jornal na noite anterior, ficamos com medo de pegar chuva nos próximos dias, pois chovia na França inteira, menos lá, mas diziam que iria rolar umas nuvens e talvez até chuva por nossas bandas, por precaução fomos logo conhecer esse lugar tão almejado, principalmente por mim.
Aix en Provence não me decepcionou, desde o início da nossa viagem pela Provence, era a cidade que mais queria conhecer, talvez por tudo aquilo que li sobre uma cidade culta e boemia situada num contexto de total beleza natural, nos alpes da Provence. Infelizmente ficamos apenas um dia, mas o ideal seria ficar em Aix pelo menos uns 3. Deixamos o carro em um estacionamento bem no centro e começamos nosso passeio. Corso Mirabeau é o ponto de referência da cidade, é uma avenida larga com árvores e que se divide em duas partes. Uma parte pega a cidade nova, e a outra aquela velha, onde estávamos.
No começo de Corso Mirabeau, na esquina com Boulevar de la Republique, tem La Rotonde, a magnífica fonte construída em 1869 com 3 estátuas, e cada uma com um significado: a que está virada em direção a Aix-en-Provence representa a justiça, em direção a Marseille é a da agricultura, e em direção a Avignon é a das Belas Artes.
O corso é cheio de restaurantes, cafés, lojas elegantes, belos edifícios e 2 fontes, uma delas era termal, a água tinha 34°C. Entramos no centro histórico (um encanto), o qual hospeda 2 monumentos de grande importância, o Hotel de la Ville (prédio da prefeitura) e a Catedral de Saint Sauveur.
No Hotel de la Ville, tem uma torre com um sino fechado dentro, um tipo de gaiola e um relógio com personagens que mudam a cada periodo.Bem interessante. Aix-en –Provence é a terra natal do famoso pintor Cezzane. Ele nasceu numa viela da cidade velha, na Rue de L’Opera, seu atelier, o qual permanece tal e qual desde sua morte, se encontra um pouco fora do centro, mas só a 500 metros da catedral.
Decidimos almoçar na praça do Hotel de la Ville. A praça era grande e quadrada com árvores que protegiam as mesas dos vários bares e restaurantes do sol forte. Almoçamos em uma brasseria queijos e patés com um vinho rosé bem geladinho, tudo delicioso. Nessa praça tinha um trio que tocava bossa nova em francês, não podia pedir mais nada, parecia que tudo tinha sido organizado pra mimmm!
Durante nossa refeição, conhecemos um casal muito simpático, ele era mexicano e ela francesa de Aix, apaixonada pelo Brasil e fazia capoeira.
Depois de ficar por lá 2 horas papiando com esse casal, escutando música e quase ficando bebados de tanto vinho rosé, fomos visitar o Museu Granet, o mais importante da cidade, que expõe 600 obras entre aquelas de Cezzane e outros pintores da escola de arte francesa. Voltamos a rodar um pouco pelo centro velho admirando tudo ao nosso redor. Passando na frente de uma loja de delicatesse que dava água na boca, não pudemos resistir, entramos e compramos umas tortinhas de morango, igual aquelas que tem no Brasil, deliciosa. O lugar se chama Paul, não peguei o nome da rua, mas é fácil de achar.
O final do dia chegou, me despedi de Aix-en-Provence com a certeza de que voltaria pra passar mais tempo e curtir também toda a redondeza. Uma dica, se você estiver indo pra Aix-en-Provence de Nice ou Toulon, pegue a saída Point de L’Arc, chegará diretamente no centro.
Respostas de 2
Parabéns pelas dicas!! Qual cidade vc indicaria como base: aux en Provence ou Toulon???
Robson, acho que depende do que vc gostaria de visitar. Pra mim Toulon foi perfeita porque eu queria visitar as calanques e pegar também praia.
Abs
Damares