Não é fácil visitar uma capital europeia em poucos dias e, com certeza, 3 dias em Madrid foram poucos para conhecer essa cidade tão fascinante!

Fiz um roteiro daquilo que gostaríamos de conhecer, eu e meu marido, e conseguimos ficar dentro desse tempo. Como eu sempre digo, uma viagem bem planejada facilita a vida do viajante e se viaja muito melhor. Mas saimos de Madrid com gostinho de quero mais…

E por que visitar Madrid?

Madrid é chamada a casa da vida noturna! Mas não oferece apenas festas, discotecas e muitas baladas, é uma cidade que reúne todos os interesses de um visitante.

Escolhemos março, porque além de ser baixa temporada com voos e hotéis com preços mais baixos, o inverno já não está mais rígido, o que torna o passeio mais agradável.  As melhores épocas para visitar Madrid é entre março e maio e nos meses de setembro e outubro. O clima é levemente continental, com invernos bastante frios e verões muito quentes, secos e ensolarados, pois a cidade está localizada no centro da Meseta, o planalto ibérico.

Ficamos hospedados ao lado da Puerta del Sol, bem no centro de Madrid. A escolha foi pensada para que pudéssemos fazer tudo a pé porque ficando só 3 dias em Madrid, não era conveniente perder tempo com deslocamentos, mesmo porque, a cidade é grande! Caminhamos muito e muito mesmo, pegamos um ônibus apenas uma vez para retornar do Museu Reina Sofia porque tínhamos um jantar marcado com amigos e não queríamos chegar atrasados.

Vamos começar nosso passeio pela Puerta del Sol. É uma grande praça que sempre competiu pelo título de principal com a Plaza Mayor. É considerada a praça do Ano Novo, onde há um grande relógio que marca o último minuto do ano. Na calçada da Puerta del Sol há uma placa indicando o quilômetro zero, a partir do qual são medidas as distâncias de outras cidades espanholas. Não consegui tirar foto porque tinha sempre muita gente e terminei me cansando de esperar.

Dica: se você deseja fazer algumas comprinhas com preços acessíveis, entre em uma das ruas que partem da praça da Puerta del Sol e aproveite! Tem lojas para todos os gostos. Mas se deseja lojas de marcas, o lugar é outro e vou te contar um pouco mais adiante.

Dica: e se você quiser tomar um bom café num lugar antigo cheio de glamour, é só dar uma chegada no Lhardy que fica a poucos metros da praça Puerta del Sol. Vale a pena só entrar no lugar para apreciar seus móveis e toda a decoração. Tem também restaurante, mas fica numa entrada meio escondida ao lado da cafeteria e não entrei, mas deve ser tão bonito quanto, pois foi o primeiro restaurante de luxo de Madrid. Foi inaugurado em 1839 e faz parte da Asociación de Restaurantes y Tabernas Centenarios de madrid.

Descendo pela Calle Mayor, chega-se na linda Plaza Mayor, a qual construção começou no século XVII por ordem do rei Filipe III e que é representado pela estátua equestre esculpida em bronze presente na praça. Foi inaugurada em 1620 e tem forma retangular cercada por arcadas. Este lugar, no passado, foi palco de muitos atos públicos como as touradas, procissões, festas, espetáculos teatrais, julgamentos da Inquisição e até execuções.

Hoje, a Plaza Mayor é uma das estapas obrigatórias para quem visita Madrid. É muito pitoresca, com antigos edifícios que fecham os amplos espaços e as mesas de cafés e restaurantes alinhados.
Se acede à Plaza Mayor através de 9 portas, a mais famosa e mais amada pelos turistas é Arco de Cuchilleros.
Há 129 metros de comprimento e quase 100 de largura, os edifícios que a rodeiam têm todos três andares e 237 terraços com vista para a praça. O edifício mais importante da praça é a Casa de la Panaderia, facilmente reconhecível pelos afrescos com alegoria do zodíaco. A partir deste palácio, durante séculos a realeza espanhola assistiu as manifestações em sua honra, mas também as touradas, o carnaval e as execuções dos condenados. A única coisa que resta do edifício original é o portal.

Bem ao lado da Plaza Mayor, encontra-se o famoso Mercado de San Miguel. Situado no coração do centro histórico de Madrid, é rico em história e oferece as novidades mais interessantes da gastronomia.

As grandes janelas panorâmicas convidam os passantes a entrar e descobrir um mundo de sabores e cheiros inesquecíveis!
Além de comer, você vai poder também comprar as guloseimas que o local oferece. O Mercado de San Miguel tem uma grande variedade de pratos podendo ser consumidos nos bares ou na área do restaurante. O difícil é encontrar lugar para sentar porque está empre cheio de gente, tanto de turistas como de residentes.

Cada stand do mercado vende uma especialidade: frutos do mar, frios, croquetes, pães, bolos, vinhos, presuntos e muitos outros. São vendidos por peça ou porção e varia de preço partindo de 1,50€ cada. É o famoso tapas espanhol onde se come várias coisas em pequenas porções.

O edifício de ferro que vemos hoje foi construído apenas em 1913. O Mercado de San Miguel caiu em declínio ao longo dos anos, mas em 1999 foi restaurado mantendo sua aparência original. Mais tarde, se formou a sociedade El Gastronomo de San Miguel, com o objetivo de melhorar as atividades comerciais tradicionais, seguindo o exemplo de La Boqueria, em Barcelona. Enfim, de um mercado insignificante, San Miguel tornou-se um lugar cool e elegante com produtos de alta qualidade frequentado pelos residentes e por pessoas de várias partes do mundo que o visita a cada dia.

O SEGURO DE VIAGEM É IMPORTANTE. NÃO VIAJE DESPREVENIDO. CONHEÇA ALGUMAS OPÇÕES AQUI. 

A Plaza de la Armeria divide a Catedral e o Palácio Real (estão bem em frente um do outro), e o acesso ao palácio é próprio nessa praça.

A Catedral de Almudena, é um dos monumentos mais visitados da capital espanhola. A Catedral conserva a estátua de Nossa Senhora de Almudena, padroeira de Madrid, anteriormente mantida na Igreja de San Isidro até 1993, quando foi consagrada pelo Papa João Paulo II.

A tradição conta que quando os muçulmanos estavam prestes a entrar em Madrid, os cristãos da cidade esconderam uma imagem da Virgem na muralha para que não fosse profanada, e quando o rei cristão Alfonso VI conquistou a Vila, a muralha desmoronou-se milagrosamente e a imagem de Maria Santíssima apareceu intacta.

A entrada na catedral é gratuita, paga-se para visitar o museu.

O Palácio Real de Madrid, é a residência da família real espanhola, mas só é usado para cerimônias oficiais, a família real, de fato, não vive nesse palácio mas sim no Palácio de Zarzuela. O palácio surge no local onde no século IX o reino muçulmano de Toledo construiu uma estrutura defensiva que em seguida, foi também usado pelos reais de Castela. O Palácio, o maior da Europa Ocidental, ocupa 135.000 metros quadrados e tem mais de 3.000 salas. A visita ao palácio é muito interessante e altamente recomendável. A visita percorre diferentes espaços do complexo.

O Palácio Real recebe a Troca da Guarda Real todas as quartas-feiras (exceto julho, agosto e setembro e nos dias em que algum ato oficial ocorre ou não é possível devido às condições climáticas). Não é fácil conseguir visitar muitos museus ou monumentos assim grandes em apenas 3 dias em Madrid, mas procure encaixar essa experiência em seu roteiro.

Entrada gratuita no Palácio Real de Madrid

Se você estiver visitando a cidade de segunda a quinta, poderá visitar o Palácio Real gratuitamente das 16h às 18h (de outubro a março) e das 17h às 19h (de abril a setembro). O ingresso é gratuito para cidadãos da União Europeia e também de países latinoamericanos, inclusive o Brasil. Lembre de levar seu passaporte para comprovar sua nacionalidade.
O ingresso também é gratuito 18 de maio durante o dia inteiro – Dia Internacional dos Museus – e no dia 12 de outubro – Festa Nacional da Espanha.
Recomendo que chegue pelo menos 30 minutos antes do início da visita gratuita, pois as filas são grandes.

Caso você não esteja disposto a ficar em pé na fila tanto para entrar gratuitamente como para comprar o bilhete, recomendo que compre o ingresso online para ganhar tempo. Clique aqui para comprar seu ingresso. O valor é praticamente o mesmo comprando diretamente no palácio, paga-se apenas 1€ a mais para a compra online.

Com mais de cem anos de história, a Gran Vía tornou-se a rua mais conhecida e representativa de Madrid. Nasceu com a intenção de unir os bairros leste e oeste da cidade por meio de uma grande avenida que descongestionaria o trânsito e daria ao centro da cidade um ar mais cosmopolita, composto por edifícios elegantes. É aqui nessa rua que se encontram as lojas de marcas mais famosas. Para os amantes de compras de marca, esse é o lugar!

Em 1910 o projeto começa quando Alfonso XIII entrega a picareta que marca o início das obras. Estes tiveram que traçar uma linha mais ou menos reta que atravessasse a cidade, e para isso tiveram que destruir o que estivesse no meio. Assim, cerca de trezentas casas foram derrubadas e quinze ruas centrais desapareceram, além de fazer as devidas alterações no sistema de tubulação e canalização das águas.
A primeira parte da Gran Vía corresponde aquela que leva da Calle Alcalá à Red de San Luis, que corresponde ao local onde a Gran Vía cruza três importantes ruas do centro como Montera, Fuencarral e Hortaleza. E embora muitas pessoas acreditem que o primeiro edifício da Gran Vía seja o Edifício Metropolis, na verdade ele ainda faz parte da Rua Alcalá.

O Edifício Grassy está situado no início da Gran Vía. Foi um dos primeiros a ser construído quando terminou a primeira parte da Gran Vía. Se trata de um edifício espetacular que captura a atenção das pessoas que percorrem o início desta rua. Ele fica na esquina da Calle Alcalá com a Gran Vía ao lado do Edifício Metropolis. Chama-se assim desde que a joalheria Grassy, de propriedade do relojoeiro Alejandro Grassy, foi instalada ali em 1952. No térreo, tem um museu de relógios, as instalações são primorosamente decoradas com estuques italianos , afrescos e pavimentos.

Durante os primeiros 30 anos do século XX , Madrid se tornou uma cidade aberta ao mundo e com muita vontade de se modernizar. O resultado disso foi uma intensa atividade na construção de edifícios e a criação de novas infra-estruturas.
A bela localização do Edifício Metropólis, está na esquina entre a Via Alcalá e a Gran Via, no coração do centro financeiro e comercial de Madrid, com suas dimensões e sua beleza , é impossível não parar e admira-lo.
Foi necessário demolir sete casas que estavam nesta área para construir o imponente Edifício de Metropólis. Sua arquitetura é elegante, eclética e de proporções excepcionais, como a cúpula de ardósia preta com decorações douradas e com acabamento de uma bela vitória alada.

No segundo andar foi construído um belo coro tondo de pares de colunas coríntias. Estas robustas colunas sustentam um terceiro andar decorado com estátuas que representam o comércio, a agricultura, a mineira e a indústria.
O edifício foi inaugurado em 1922, projetado por Jules e Raymond Février e pertence a uma empresa de seguros.

Perto do Metropolis, encontra-se outro edífico esplêndido e suntuoso com carruagens no teto. Se trata do Edifício do Banco de Bilbao localizado na Calle de Alcalá 16. Não deixe de dar uma chegadinha para aprecia-lo, vale a pena. Ele foi projetado em 1919 pelo arquitecto Ricardo Bastida e construído entre 1920 e 1923 por conta do Banco de Bilbao, entidade financeira que constitui o BBVA. Foi declarado Sítio de Interesse Cultural na categoria Monumento em 1999.

A Fonte de Cibeles ( Fuente de Cibeles ) está localizada na homônima praça, entre o Paseo de Recoletos e Paseo del Prado. A fonte é um dos símbolos da cidade de Madrid, representa a deusa Cibele, o símbolo da terra , da agricultura e da fertilidade, sentada numa carruagem puxada por leões.

O antigo Palácio de Comunicações é um edifício monumental que desde 2007 é a sede do Município de Madrid. Projetado e construído por Antonio Palacios e Joaquín Otamendi como sede da Sociedad de Correos y Telégrafos de España, foi inaugurado em 1909. Em 1993 foi declarado Bem de Interesse Cultural com a categoria de Monumento.
Seguindo modelos de racionalidade e funcionalidade, o edifício representa a união de tradição e modernidade construído em pedra, ferro e vidro.
O Palacio de Comunicaciones pode ser visitado gratuitamente, paga-se € 3 para visitar seu terraço, de onde tem-se uma bela vista da cidade.  É aberto para visitas das 10h às 20h de terça a domingo.

A Calle de Alcalá é uma longa e larga avenida que vai desde a Gran Via até a Porta de Alcalá, onde se encontra o Parque del Retiro.

 
Aqui se encontra o pulmão da cidade, é um dos principais parques da capital. Estátuas, fontes e monumentos comemorativos ocupam a muitos anos os vários espaços dos jardins, fazendo do parque um verdadeiro museu de esculturas ao aberto.

No final do século XIX, o Retiro virou um parque público e foi utilizado para abrigar algumas exposições internacionais nos edifícios emblemáticos como o Minería, conhecido como o Palácio de Velázquez e o Palácio de Cristal.

O Parque do Retiro possui 125 hectares e mais de 15.000 árvores, constituindo um precioso oásis verde no centro de Madrid. Alguns de seus jardins são de grande interesse como o Jardín de Vivaces, os Jardines de Cecilio Rodríguez, os Jardines del Arquitecto Herrero Palacios, o Rosaleda (coleção de rosas ) e o Parterre Francés com o cipreste calvo, a árvore mais antiga da cidade que se diz ter 400 anos. Desde 25 de julho de 2021, é reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO.

O Palácio de Cristal se encontra dentro do Parque do retiro e foi construído em 1887 para abrigar a Exposição das Ilhas Filipinas. O arquiteto Ricardo Velázquez Bosco que, baseado no Crystal Palace em Londres, projetou uma grande estufa para abrigar plantas exóticas.  Atualmente, suas instalações foram convertidas em uma sala de exposições de arte contemporânea administrada pelo Museu Reina Sofía. A entrada é gratuita e vale uma visita.

O Museu Reina Sofía há dezenas e dezenas de salas em que são mantidas cerca de 20 mil obras de pintores famosos, entre eles estão: Picasso, Dalí, Miró, Iturrino, Zuloaga, Solana, Blanchard e Nonell. É um dos muitos corações pulsantes que constelam a cidade de Madrid e, especialmente, o eixo do Paseo del Prado. Localizado no antigo Hospital Geral, encomendado por Carlo III. Neste importante ponto de referência, são preservadas as mais valiosas produções artísticas de 1900.

É considerado o museu mais interessante de Madrid. Se trata de um museu de arte contemporânea com uma magnífica coleção permanente e amplos espaços reservados a exposições temporárias.
O Reina Sofia (junto com o do Prado) é muito conhecido pelos turistas, especialmente pela gigante obra Guernica de Picasso. O quadro Guernica  é uma das mais famosas pinturas de Pablo Picasso e uma das mais conhecidas do cubismo. Infelizmente esta obra de arte revela um triste episódio de guerra.
No período da pintura, a Espanha estava em conflito entre as forças Republicanas e os Nacionalistas, liderados por Francisco Franco. Os Nacionalistas tiveram apoio do exército nazista e no dia 16 de abril de 1937, autorizaram um bombardeio na cidade de Guernica pelos alemães, situada na comunidade autônoma no País Basco, na Espanha. O quadro é muito representativo e vale a pena conhece-lo.

O museu tem entrada gratuita de segunda a sábado das 18h às 20h e aos domingos das 13h30 às 14h30. Terça feira não abre. Compre seu bilhete fura fila aqui e evite ficar em pé nas longas filas.

Em apenas 3 dias em Madrid numa primeira vez na cidade, fica muito difícil visitar mais de 1 museu, então optamos pelo Reina Sofia porque queríamos muito conhecer o Guernica.

O Museu do Prado é um dos museus mais visitados do mundo, graças a sua impressionante coleção de pintores como Francisco Goya, Diego Velázquez, El grego, Tiziano, Rubens, El Bosco, Rafael, Rembrandt, Poussin, van Dyck e muitos outros. O Museu Nacional do Prado faz parte de um dos roteiros turísticos mais visitados da capital. O Prado possui um valioso acervo de 8.600 pinturas e mais de 700 esculturas. O Prado tem a maior coleção de pintura espanhola mais rica do mundo, uma incrível coleção de pintura italiana (essencial para compreender a transição entre o medieval e a arte renascentista) e muitas outras obras de arte de inestimável valor artístico.

Entrada gratuita de segunda a sábado das 18h às 20h e domingo das 17h às 19h.

É aconselhável consultar um guia e preparar a sua visita antes de entrar no museu. Compre seu bilhete online aqui e evite longas filas.

De todas as atrações que visitei, só precisei pegar transporte para ir ao Estádio Santiago Barnabé porque ele fica a cerca de 5,5 km do centro da cidade.
O estádio está em plena restruturação e ficará pronto no final desse ano de 2022. Vai ficar ainda mais bonito e muito inovador. As instalações do estádio terão um gramado retrátil, que poderá ser mantido no subsolo e dar espaço para outros eventos esportivos, do basquete ao tênis, mas também para shows, congressos e feiras com outro tipo de piso. Dessa maneira, o estádio poderá ser usado durante o ano inteiro.

Santiago Barnabé é também o estádio do Real Madrid (um dos amiores do mundo), um dos times de futebol mais fortes e famosos do mundo. Todos os anos é visitado por centenas de milhares de pessoas e, portanto, é uma das principais atrações turísticas de cidade.

Chega-se muito facilmente com  a linha do metrô 10 descendo na estação Santiago Barnabé.

Eu consegui encaixar todos esses passeios acima em apenas 3 dias em Madrid. E sabe como? Com um bom planejamento de viagem e com um roteiro de Madrid bem elaborado!

E ainda conseguimos encontrar amigos para um delicioso jantar no restaurante La Barraca para comer uma deliciosa Paella!

A querida colega Vivi do blog Viaje com Vivi, dá várias dicas de viagem e sobretudo da Espanha, seu país de residência.