Durante nossa viagem pela Austrália, decidimos ir de Melbourne a Sydney de trem, o trajeto durou 11 horas e foi melhor do que de Adelaide a Melbourne, pois o trem era mais confortável do que o ônibus, tinha mais espaço e conseguimos até dormir.

Central Station
   
Chegamos bem cedo na cidade, nosso hotel se encontrava perto da estação, mas era aquele perto que a pé demorava uns 20 minutos e de taxi 5, então decidimos ir caminhando. Apesar da viagem durar 4 semanas, consegui fazer uma mala única para mim e minha filha, impressionante, mas é verdade. Com os anos, aprendi a fazer minhas malas, fui percebendo que levava sempre muita coisa inútil, muitas vezes não usava nem a metade, e depois que virei mãe, ai é que precisei aprender a diminuir mesmo.

O problema é que começamos  nossa viagem pela Austrália, no sul, onde estava fazendo frio (era período invernal, mês de junho e julho), e depois iríamos subir até o nordeste, onde fazia calor o ano inteiro. Igual ao clima do Brasil. Mesmo assim, consegui colocar o necessário nas malas.

Sydney é a capital do estado de New South Wales, é a cidade mais antiga da Austrália e a mais visitada pelos turistas. É banhada pelo oceano Pacifico, e o clima já é mais quente do que em Adelaide e Melbourne, pegamos entre 15° e 18°. Apesar da chuva, curtimos muito, a cidade é lindíssima.

Perto do nosso hotel tinha um bar onde todos os funcionários eram estrangeiros, tinha uma garota brasileira e uma chinesa, um rapaz jordano e uma senhora grega. No primeiro dia vimos que estava cheio, então entramos e gostamos logo do ambiente, todos com sorriso estampado no rosto e o rapaz jordano era muito engraçado. Experimentamos o “raisin toast”, um pão de forma com uva passas, canela e outras especiárias, eles colocam na chapa quente e servem com  manteiga, delicioso, trouxemos 2 pacotes pra casa.

A baía da cidade se divide em duas partes ligadas entre elas graças ao Sydney Harbour Bridge e pelo Harbour Tunnel. No centro há prédios altos, ruas largas, shopping centers, lojas, bares, restaurantes e tudo que uma cidade de um verdadeiro primeiro mundo pode oferecer com total organização, limpeza e segurança.
Sydney Harbour Bridge
 

Após ter dado uma rodada pelo centro da cidade, fomos em direção ao Circular Quay, onde se encontram restaurantes, artistas de rua, parques, museus (Museum of Contemporary Art) e a Ópera House.
Circular Quay
   
Circular Quay                                                                          Ópera House
   
   
Não pudemos visitar a parte interna da Ópera House, precisava marcar horário porque só era permitida a entrada com acompahamento do guia, mas ficar preso a um horário, não estava em nossos planos.

A Ópera House é realmente uma obra de arte, foi construída pelo arquiteto dinamarquês Jorn Utzon, inaugurada  dia 20 de outubro de 1973 pela rainha Elisabeth II do Reino Unido e, desde 2007, faz parte do Patrimônio da Humanidade, declarada pela UNESCO.

P.S. As fotos abaixo foram tiradas em um dia de sol, quando fomos visitar Manly, e pudemos apreciar essa obra de arte também do mar, a partir do ferry boat.
Ópera House
      
O lugar tem 1000 salas, cinco teatros, cinco salas de provas, dois salões principais, quatro restaurantes, seis bares e várias lojas de souvenirs. Ficamos 5 dias e 4 noites em Sydney e, como sempre, caminhamos bastante (caminhamos cerca de 11 km por dia em cada cidade) e visitamos vários lugares. Infelizmente a chuva atrapalhou um pouco. Fizemos altas caminhadas no porto e tomamos um drink num bar admirando a Ópera House e a baía, com seus barcos e ferry boats ancourados. Pegamos um ferry boat para a praia de Watsons bay, mas era durante a semana e não tinha nada aberto e a cidade estava vazia, então pegamos o ônibus e fomos para a famosa praia dos surfistas, Bondi beach. O tempo estava péssimo, como pode ver abaixo nas fotos.
Watsons bay
   
A praia de Bondi beach é uma gracinha, com moçada bonita, lojas e bares transados, com certeza no verão deve ser um arraso.
Praia de Bondi beach
   
   Voltamos para o centro de ônibus, levou uns 25 minutos.
Bondi beach
   
Sydney é cheia de baías com praias e bairros residenciais, muitas vezes é mais fácil e mais rápido chegar com ferry boat até elas. Dedicamos uma manhã em Darlin Harbour, é uma parte central da cidade onde está situado o antigo porto, hoje nele se encontram belos barcos privados. O lugar foi todo restruturado, com bares e restaurantes modernos (é um dos points da cidade) de bom gosto.
Darlin Harbour  

   
Em Darlin Harbour encontra-se o Wildlife, aproveitamos para visita-lo e, finalmente, conseguimos pegar o koala acordado. Descobrimos porque eles dormem sempre. As árvores que eles ficam sempre grudados, são de eucalipto, e esses lindos bichinhos comem praticamente apenas as folhas dessas árvores como alimento, que é relaxante, então vivem com sono.

Entrada do Wildlife                                                                  Koala

   
Uma das atrações da cidade, é a Sydney Tower, geralmente chamada de Center Point Tower, é o edifício mais alto da cidade, com 360 metros de altura, foi construída para ser uma atração turística e não para fins comerciais. No alto da torre tem 2 andares rotativos de onde pudemos admirar  a baía da cidade. É possível jantar no topo da torre curtindo a cidade iluminada.
Vista da cidade na Sydney Tower
   
Demos uma chegadinha na Macquaire Street, é o moderníssimo bairro da cidade com várias lojas, museus e restaurantes. Adoramos o Fish Market, é um mercado de peixe onde o cliente escolhe o peixe fresquinho e depois é preparado ao momento, geralmente é feito frito, acompanhado com batas fritas. Baum demais!
Fish Market
   
Finalmente rolou um dia de sooool! Aproveitamos para visitar a ilha de Manly. A travessia com o ferry boat durou 30 minutos. A ilha é grande e muitas pessoas moram nela e trabalham na capital, pegando o ferry boat todos os dias.
Ilha de Manly
   

O porto funciona meio como uma estação de trem, saem ferry boats toda hora para vários lugares, muito bem organizado. Ficamos só no centro de Manly, mas vimos umas fotos do lugar com praias bem bonitas. Era um dia de feriado escolar, e vimos uma escola de surf para crianças na praia. A garotada já começa a subir na prancha desde cedo.
Manly (escola de surf)
   

No dia seguinte fomos em algumas lojas de aluguel de carro, queríamos alugar um motorhome porque nossa intenção era de continuar a viagem parando em vários lugares da costa. A maioria dessas lojas, se concentra na Williams Street. Quando fiz minhas pesquisas na internet, vi preços baixos, mas estando na loja, descobri que os baratos eram velhos, pequenos e com mau cheiro (a causa é era o carpete). Os melhores eram bem mais caros. Eu já tinha uma idéia dos preços de hotéis presentes em nosso roteiro, então fizemos as contas e decidimos alugar um bom carro e dormir confortávelmente em hotéis ou motéis, o valor sairia o mesmo.

Se visitarem a cidade, não deixem de entrar em uma das lojas de chocolate “Haigh’s Chocolates”, tem várias espalhadas pelo centro. São muito gostosos e oferece uma grande variedade de sabores e recheios.
Haigh’s Chocolates

Saimos de Sydney pela manhã em direção ao Qeensland debaixo de chuva, mas cheios de entusiasmo, estávamos indo para o nordeste, onde o tempo estava bom e com muito sol!

Além de usar o internet para fazer minhas pesquisas de viagem para Austrália, comprei também o melhor livro dos viajantes “Lonely Planet”, foi muito útil.

Sydney é uma metrópole, mas com características completamente diferentes daquelas que conheço. O trânsito não era caótico, as pessoas não corriam como loucas, e tive a impressão de que a qualidade de vida é colocada em primeiro lugar pelos residentes.

É uma daquelas cidades que dá vontade de morar. Senti isso no inverno, imagina no verão!

A Austrália continua, no próximo post, iremos em direção ao Queensland!

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